sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PRECE



Senhor,  dai-nos discernimento de perfilharmos com alegria os caminhos da vida, sem os espinheiros do egoísmo interromper a nossas caminhadas na direção do amor fraterno.

Fazei-nos compreender que as lágrimas que vertemos em outrora se converterão em terna alegria no despertar do novo amanhecer.

Inspirai-nos a indulgência, para com aqueles que levam o coração fragmentado pela incomensurável saudade dos que se despediram dos familiares e amigos para ir ao encontro dos que, solícitos, do outro lado da vida aguardam pelas suas chegadas.

Senhor, alumiai com a tocha do Amor o caminho da benignidade para que os nossos amados irmãos não se perda nas trilhas obscuras da infrutuosidade. O plantio só dá bons frutos quando a semeadura é feito com a pureza do coração. O lavrador experiente conhece o fruto bom, mas o principiante leva algum tempo para discernir a boa semente. Sabemos Senhor que o grão precisa de terra fértil para germinar, mas o desabrochar da haste a Vós  pertence, assim como o futuro dos que hoje colheram os grãos da semeadura de outrora, sem perceber que o amanhã será o futuro do presente.
Senhor, dai-nos discernimento, para que nossos plantios de amanhã deem sementes produtivas para que, no futuro nossas colheitas sejam abundantemente enriquecidas pela sabedoria adquirida fora do período de aridez, porque quando acolhemos no coração a esperança, a fé nos encoraja a semeadura de novos plantios.
André Menezes
Em 16 de dezembro/13 – Psicografia de Rozalia P. Nakahara

 

KOIZUMI (SENHOR)


Eu, no trabalho incomum completo do contato no lugar do Senhor, porque a intensão estar no ato raro da união forte com Deus.
A regeneração estar no começo do benefício para igualdade aprumada; a causa da verdadeira providência, também motivo para a contestação de uma ação, porque a elevação nestas redondezas estar nos ensinamentos do Senhor, como também o desabrochar de todo conhecimento estar na forte vontade, mais tarde, o alcance mútuo da grandeza no nível do progresso junto à fonte. Isso significa exemplo de processo no manancial da luta no campo de obediência com atenção geral. Depois i ponto da percepção na direção do laboratório do refazimento constante sob a proteção pura do Mestre, se o coração não perder a solidariedade humana e o bom cultivo do instrumento no aspecto de cada estádia da ação, para finalmente, nisto obter o conhecimento da imagem que aqui não permanece na sarjeta do calcanhar.
Ó... À morte é da vontade Divina, assiduamente, aquele, embora na posição de espantalho, Deus ainda o ama também em magnetismo, esse entra em eficaz sob o olhar da justiça, os demais, somente contata o instrumento inocente. Um que na raiz, sabia que o inesperado resplandece a velha proteção do Senhor.
A concha da abertura, ouve docemente a sabedoria e perfeição dos  antepassados para retornar a este caminho. Eu estava puritano, com orvalhada imposição no caminho da grandeza da paz, apenas com firmeza e simplicidade imensa sobre a direção, embora sob o não dito; a atividade do condutor na haste incomum da vida e morte, porque à mente juvenil não estar nas roupagens do contato no campo com imagem da resposta Divina, uma vez que é a principal maneira de pontos em oeste.
No local, mesmo calado ouvi o motivo de tais penedos no caminho, mas apenas uma destas é expiração para o ruído abeto no contato.
Precocemente por ocasião, era motivo e razão para consagrar o halo da regeneração preconcebida na expectativa, porque a purificação de lá, é somente aqui, por estar aqui, neste principal livre-arbítrio o sentido da grande benevolência porque tais propostas são muitas vezes, observar o atendimento ouvido para não enevoar o tempo livre na estrada incomum da filha gentil em qualidade humana de coração presente na assembleia.  No campo de ação, o entendimento aguarda o ritmo ok do desempenho para o ajuste da tarefa. O bom sentimento se expande porque além da ternura, o sino da igualdade e elevação também estar à inclinação ao Mestre.
O Criador concede o nascimento da livre vontade, deve se notar que mesmo a mão da reunião  marca a lenda sobre o capítulo da imagem, mas você é um emissário, levou florescimento e ânimo à janela que existe para o caminho da tarefa superior. Cá, a dimensão do cume, acalma a porvindoura lembrança do tenso sepultamento do comando do percurso.
A ascensão é a primeira razão de toda vontade, e também da alternativa em relação o contato, vê desamparado o ganhar na influência curativa do autor com responsabilidade no retardamento no caminho da afinidade, para o criterioso e brilhante exemplo da causa e a qualidade e consignação para a purificação, embora um dos abetos, incumbidos para semelhante desabrochar da principal e verdadeira piedade nesta nascente em contato com trabalho afetuoso de Socorro. Centeia, vários contatos, bem que deveria, uma vez que em todas as eras, são elas assimétricas a este original modo de inclinação. No sentimento de aceitação estar a probabilidade de um passo certeza para o futuro.
No caminho do legado, a filtração bem de imediatamente não está entre o escrito na Vontade Divina. Ainda agora, no ninho, conferir a expressão do futuro, desde a concepção e comparação do cume à frente da retaguarda. Mais tarde, de modo tranquilo, a sabedoria dos antepassados em contato com a vida; a geração mais nova por veículo trivial depois.
Em 11 de julho/13 – Psicografado na língua japonesa por Rozalia P. Nakahara
Tradução de Rozalia P. Nakahara feita pelo Dicionário Michaelis

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A VERDADE


 
 

Coisas          que quero dizer-te. A verdade é somente a luz que te faz conhecer os mundos     distantes do que vive agora. A vida é apenas a porta de um todo que preenche o vazio de entre o Céu e a Terra.
Ama o teu próximo com a sinceridade do teu coração, e a luz se fará brilhar no teu caminho.
Age como amor mesmo quando se encontrar em aflição, porque o sentimento de amor é que o levará a porta certa. Nem todos os caminhos são protegidos pelas bênçãos do Altíssimo. No mundo somos carne, e na carne somos Espíritos guiados pelo Espírito Santo.
Deus nosso Eterno Pai nos conduz na vida ou na morte pelo caminho que ainda temos algo a aprender, porque o conhecimento nos dá sabedoria para compreender o que ainda nos apresenta com estranheza.
Seja bondoso e compreensivo com aqueles que ainda não compreende que as vestes carnais são como uma roupa que se desgasta com o tempo, mas as vestimentas espirituais são eternas. Nossos atos e ações poderá conservá-las límpidas ao enodoá-las.
Compreender o que o semelhante leva no coração é tão importante como  fazer-se compreender.
Deus nosso Eterno Pai, ama a todos igualmente o integro que percorrer o caminho da purificação através da devoção em Jesus Cristo. Somos irmãos porque as bênçãos do cristianismo nos irmanam pela fé que depositamos em Jesus.
Sejamos amáveis com os que necessitam de consolo para aliviar a solidão que leva no coração pela carência do afeto paternal, pois esses pobres irmãos necessitam de carinho para suprir o vazio interior deixado pela lembrança do abandono. Carinho e afeto meus irmãos, não se compra com a moeda do mundo, dá-se gratuitamente; recebemos de graça e devemos oferecer aos que carecem de afeto para libertar o coração da angustia do doloroso abandono.
É importante lembrar, o que hoje doamos amanhã nos será ofertado em dobro.
O caminho da Caridade Cristã é o caminho percorrido pelos Discípulos de Jesus quando levaram os seus ensinamentos aos necessitados de Fé. Cada caminho leva a uma morada diferente.
Glória a Deus! Aleluia!!!
P. de Rozalia P. Nakahara - Em 03/12/13 durante o encerramento da última Reunião do ano de 2013.
FELIZ NATAL

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

LIBERTA-TE DA DOR


Se a dor te coroe o íntimo, arma-te com lembranças felizes, de modo que teu coração encontre a paz quando as aflições te perturbarem a alma.

Converte a tristeza em alegria, e as bênçãos do Senhor te será luz constante, e melhor compreenderá os desígnios do Senhor.

Abrange com amor a missão que te fora destinada na terra, e a tua luz brilhará mais forte,  iluminará com sublimidade a tua caminhada.

Ajusta-te aos deveres de trabalhador humilde, e cumpre com amor a tua jornada cristã, auxiliando e amparando os que necessitam de conforto.

Lembra-te, na estrada da vida, a palavra de conforte muitas vezes serve de cajado na hora da dor.

Prática a caridade auxiliando ao teu próximo, para no futuro os que te rodeiam, se renascerem no seio de tua família, viva na mais perfeita harmonia, e a paz de Jesus Cristo nosso Senhor, porque a colheita do amanhã é resultante das boas ou más ações do ontem.

Eleva-te pela oração, para que a tua caminhada terrena não te faça perder a direção do caminho que nos leva as santas moradas dos que se devotam a causa de Jesus.

Semeia amor entre os teus irmãos de fé, assim o veneno da maldade não desestabilizará a paz e a harmonia conquistada com esforço.

É preciso ter a humildade de um discípulo e serenidade de um sábio, para compreender aquele que feriu com palavra o irmão que clama desinteressadamente, carinho e atenção, para se libertar das veredas sombrias da ilusão.

O amor ao próximo é a luz no campo do entendimento, e a compaixão o consolo, para os que tropeçaram nos fios impiedosos do poleiro do infortúnio porque acreditaram que com a práticas errôneas teriam algum tipo de recompensa.

Abraça o teu ideal sem se preocupar com a opinião de outros, porque o incrédulo jamais compreenderá o que se passa no coração dos que cultivam a fé em Jesus.

Deus abençoe a todos!
William Eduardo
P. de Rozalia P. Nakahara - em 05 de novembro/13, durante a Reunião Espírita.

sábado, 9 de novembro de 2013

" PILARES DA FÉ"


A humildade é um tesouro prodigioso que transportamos em nosso interior e que precisamos cultivá-la brilhante, para sermos coroados de amor e compaixão. Quando a morte do corpo nos devolver a vida eterna, a corroa do perdão caberá somente na cabeça dos que levam no santuário sagrado de seus corações, a fé no amparo salvador do Misericordioso. Os que levam o coração afundado em amarguras não souberam cultivar o fulgor da esperança na Clemência Divina.
Com o pensamento ligado as reminiscência infrutíferas, jazem assombrados como se o passado ainda fizesse parte do presente, e olvidaram de fermentar o pão da vida, semeando ações nobres, e regar com amor os corações desesperançados que continuam afundados no imenso lamaçal de tristeza, faltou-lhes entendimento para perceber que o amor e a humildade sincera do coração são os esteios da fé.
A devoção aos santos do Senhor é uma maneira de suavizar o peso das emoções que nos afligem, porquanto, poucos compreendem que os santos e anjos do Senhor são Espíritos que já alcançaram a Glória. Servos fiéis, portadores de virtudes benévolas, cumpriram suas missões terrenas sem permitir que o insucesso interrompesse suas jornadas. Souberam cultivar o sublime clarão da fé. Desencarnados, mantiveram-se fiéis aos princípios do Criador. Levam acesas em seus corações as tochas sublimes do amor, da compaixão, da humildade e do perdão. Não abdicaram da humildade, levam no íntimo o conhecimento da luz;  uma das maiores riqueza do mundo espiritual. Sem conhecimento, dificilmente atravessaremos as fronteiras que divisão as esferas do padecimento das esferas elevadas, onde habitam os portadores do tesouro benévolo do conhecimento da Sabedoria da Luz.
Os humildes receberão a coroa do perdão, para que possam entrar nas esferas dos santos de Deus, porque seus pecados não tiveram peso maior. A justiça pune aqueles que poluíram com a fumaça da maldade o santuário sagrado de seus corações. Por isso, devemos nos esforçar para perdoar aqueles que machucaram com alfinetadas de maldade o nosso coração, para as reminiscência  não entulhar com amargura nossas futuras jornadas.
TEXTO DO LIVRO LAÇO DO DESTINO- PSCOGRAFIA DE ROZALIA P. NAKAHARA - ESPÍRITO CONDE ODILON

domingo, 3 de novembro de 2013

PENSAMENTO SOBRE DEUS


Deus! nome sublime grande que faz tremer a terra
E estremecer os céus,que vê envelhecer os anos
E não envelhece nuna! Santo e eterno mistério,
Seu berço faz a noite  o véu dos tempos!

Deus! Deus que crio tudo, que se criou a si mesmo,
Que cria o Universo  lhe dá as suas leis,
Que faz chegar a tods sua vontade suprema,
Ao escravo, ao tirano, aos servos e aos reis.

Deus! fantasma assustador  que açoita a dúvida,
Essa pigmeia orgulhosa que mede um gigante
Quando procura por toda parte e não vê em seu caminho
Senão a obra do acaso, o trabalho do nada!

Deus! rei do mundo inteiro, que conduz pelo espaço
Todos esses globos de fogo, gravitando pelos céus,
Que lhes traça o círculo e lhes fixa seu lugar
Onde cada um deve cumprir seu curso misterioso!

Deus! mestre onipotente, que comanda o trovão
Quando ele despeja seus raios no cimo dos montes,
Que comando a torrente, quando atira à terra
Suas vagas negras rugindo como negros demônios!

Deus! grande na guerra, invisível gênio,
Que preside aos combates de um povo guerreiro,
Protege a águia da bandeira que ele abençoou
E dá aos vencedores as palmas dos louros.

Deus! fonte de bondade! Deus que sempre esquece
O orgulho do culpado e seu louco abandono;
Que não amaldiçoa jamais e responde ao ímpio
Mostrando-lhe no céu o amor e o perdão!

Cristão, eis aí teu Deus! Sua sabedoria infinita
Põe no caminho, que conduz a seu porto,
Três barreiras a franquear: a prova da vida,
As tristezas do exílio, as dúvidas da morte.
Espírito Casimir Dellavigne

sábado, 26 de outubro de 2013

A MENINA E A LUA

Ó... linda lua que percorre o Céu nas noites silenciosas, quantas fases tem tu?
Diz-me porque a tua forma arredondada ilumina as madrugadas risonhas do coração da menina feliz,  pacientemente te espera iluminar as noites escuras.
Para que serve a tua luz? Se à noite tudo dormem sob a escuridão.
Nem mesmo os pássaros que atravessam os horizontes com seus voos rasantes,
contemplam a tua beleza; dormem sobre os galhos úmidos das árvores, enquanto a tua luz atravessa os espaços celestes.
Onde mora a bela lua? Vejo o teu brilho se refletir nas águas do lago.
As estrelas do Céu parecem distantes de ti.
Aonde mora lua?
Porque se esconde quando o brilho da tua luz não ilumina a Terra?
Que mensagem quer transmite quando reduz de tamanho?
Aonde guarda os teus mistérios? Até a mais bela estrela do céu desconhece.
A Lua então respondeu:
Ó linda menina que tanto deseja conhecer os meus mistérios?
Sou a solidão em busca de companhia, há bilhões de séculos atravesso o céu em uma caminhada rápida, mas a solidão permanece.
O sol que tanto amo, encobre com seus lindos raios o meu brilho. Em seu gigante coração de fogo não tem espaço para uma humilde lua de coração bondoso.
Nem as noites quando eu as ilumino, contempla minha beleza, pois as estrelas do céu brilham.
Os teus olhos menina não podem ver, porém à noite sabe, se me encontrasse distante da Terna como as estrelas, meu brilho se apagaria diante da grandeza doutros Planetas.
Sou apenas a Lua que percorre o céu em companhia da vasta solidão, enquanto outras estrelas brilham igualmente; a mais distante resplandece.
Por que a menina quer conhecer o meu segredo? olhar para o céu, admirar-me a distância não satisfaz os teus anseios?
Abranda o teu coração e adormece que eu te contarei o mistério das minhas andanças pelo Céu. Quando acordar terá na memória a lembrança, então saberá o destino da Lua,
Espírito Françoar em 25/06/13 psicografado por Rozalia P. Nakahara - durante uma Reunião Espirita.

sábado, 19 de outubro de 2013

INOCÊNCIA - POEMA MEDIUNICO




Em meados do ano corrente a luz fez sinal de verdade no leste do coração da vida, deixando lugar de alegria, para a estrela azul da vigora do passado na aurora do entendimento maior. Mas a verdade da lua passou sem deixar sinal da vida de outrora. Anil, porém, do por do sol, nasceu no ocidente o risco tristonho da inocente.
  
Oh, alegre e feliz, a linda menina passeia pelo bosque florido, orvalhado de bondade, pois a inocência não mora no bosque iluminado do coração dos que não conhecem a Caridade.

O irmão carente enxuga as lágrimas nas folhas úmidas, orvalhada pela brisa da noite, quando em seu silêncio contempla o cântico dos pássaros que voam contente sobre as árvores frondosas com seus belos e doces frutos que os alimentam.

Oh, menina inocente, que tanto olha? O horizonte não nasce com a aurora! Permanece lá onde esteve sempre, nem o silêncio das estrelas da noite, nem os raios luminosos do sol, alteram as suas linhas, nem os pássaros que voam sob os céus conhecem os horizontes da beleza de Deus.

Oh, menina inocente, a fé é a janela de onde pode contemplar os horizontes celestes, e os mistérios da aurora que orvalham com gotas de alegria todo amanhecer, mas os teus olhos não contemplam o coração dos mistérios de Deus, mas o teu coração inocente, e puro vê além dos horizontes que separam o mundo do outro.
 
Oh, menina inocente, que vê através da fé as portas santas; caminhos por onde as almas bondosas caminham na direção do verdadeiro Deus.

Oh, menina inocente de coração puro, brando como a brisa serena da primavera, não conhece a maldade? Pois ela existe; mora no coração do homem que não ama a Deus.

Oh, tola menina, tão tola quanto à ingênua pureza, porque acreditas em mim, se nem sabes que sou?
Mas vou te dizer:
Eu sou a voz do silêncio que fala através da tua caneta.
Eu sou a luz do coração ingênuo que pulsa em teu peito; o grito de fé, em finas ondas em direção do infinito.
Eu sou as flamas do amor que emana do teu coração, e a pureza dos teus sentimentos.
Adeus menina ingênua! Em breve voltarei. Comigo levo a mais bela flor do jardim do teu coração. Fique em paz menina ingênua, não te esqueça que tu és o mais puro botão de onde nasce a flor.

Alegra-te menina, e a luz do teu coração iluminará não somente as tuas noites, como também a aurora da tua vida.

Sorria menina! Quero levar comigo a lembrança do teu sorriso de menina inocente, para em cada aurora, fazer brilhar em teu coração a pureza da inocência, para eu cultivá-la no mais belo jardim do mais puro bosque do meu coração.

Sorria e a vida te sorrirá.
Espírito Françoar
Em 18/06/13 psicografado por Rozalia P. Nakahara durante a reunião Espírita.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A PRECE DOS ESPÍRITOS



Estou verdadeiramente tocado por ver-te, triunfante
Nas presunções do dia, evocar-me, caro filho,
Rezando, mas bramando a lógica impotente
E os vãos argumentos de uma seita nascente,
A qual pretende que o Espírito cumpre um dever,
Suportando teus desejos, fugir e deixar depressa
A morada tediosa do mundo que ele habita,
Para voar, enfim, nesses campos sem limites
Que não entristece tanto como a sombra e o gemido dos mortos.
Então ai grandes palavras e frases conhecidas.
Contudo, se ele vem desvelar as belezas desconhecidas
Desse mundo sem nome, abrir os horizontes
Do tempo, e ensinar, em longas lições,
A grandeza de teu Deus, seu poder eternal,
Sua justiça e seu sublime amor;
Nobre ralhador; responde: dir-me-às que, em troca,
Se ele te pede, um dia, uma curta prece,
Ele é exigente, quando frequentemente na terra,
Para obter os favores que se compram sempre,
A gente te vê suplicando, esmolar todos os dias
à porta dos grandes, como um pobre mendigo,
Suspirando, o pão que deve nutrir sua vida?
Oh! acredita-me, caro filho, pior, três vezes pior
Para aquele que, sempre esquecendo da dor
E as lágrimas de sangue deste mundo invisível
Escutando minha voz fique, insensível,
Se ele não vem de joelhos
Pedir a seu Deus por nós!

CASIMIR DELAVIONE


quarta-feira, 3 de julho de 2013

TEXTO DE CHICO XAVIER – EMMANUEL




Quando se fala de aflição, é importante raciocinar sobre os impositivos da paz em nosso próprio relacionamento.

A paz, no entanto, nasce na mente de cada um. Semelhante afirmativa envolve outra: precisamos doar a nossa paz àqueles que nos cercam, a fim de recolhê-la dos outros. Espécie de beneficência do espírito de cuja pratica, nenhum de nós conseguira escapar do prejuízo. Para exercê-la, porem, é indispensável podar as inquietações inúteis e sofrear os impulsos negativos, com que, na Terra, nos habitamos, sem perceber, a dilapidar a tranqüilidade de alheia.

A obtenção do apoio recíproco a que nos referimos, pede-nos a todos, não apenas entendimento, mas até mesmo exercício da compaixão construtiva uns pelos outros, para que a tensão desnecessária deixe de ser no mundo um dos mais perigosos ingredientes da enfermidade e da morte.

Há quem diga que o avança tecnológico, em muitos casos, destrói a tranqüilidade das criaturas, entretanto, a máquina funciona, segundo as disposições do maquinista.

Que dizer do nervosismo, da intolerância, da paixão pela velocidade temerária, da desatenção, da imaturidade guindada ao campo diretivo, do desculpismo, nos hábitos que induzem ao desequilíbrio no usufruto do progresso?

Ninguém precisa teorizar em demasia, quanto a isso.

O filme do mundo em reconstrução é revelado aos nossos próprios olhos, no laboratório do dia a dia.



Se nos propormos a suprimir a tensão estéril que, a pouco e pouco, nos arroja a tantas calamidades domesticas e sócias, é imperioso nos voltemos ao cultivo da paz. E sabendo que a Divina Providencia nos fornece todos os recursos para a edificação do bem, no campo de nossas vidas, se quisermos a paz e necessário nos empenhemos a construí-la.

O BEM AVENTURADO

Na paisagem invadida de sombras, a multidão sofria e lutava por encontrar uma porta libertadora.
Na movimentação dos infelizes, surgiam conflitos e padecimentos, incompreensões e entraves que somente serviam para acentuar a penúria e o medo, as aflições e as feridas reinantes no caminho.
Alguns beneméritos apareceram com o objetivo de solucionar o enigma da região.
O culto orientador intelectual elevou-se à grande tribuna, envolvida igualmente de trevas, e procurou instruir e consolar a compacta fileira de sofredores, conquistando o respeito geral; contudo, nem todos lhe compreenderam as palavras e áridas discussões se fizeram no vale da espessa neblina.
Veio um grande benfeitor e, compadecido, distribuiu vasta provisão de alimento e agasalhos aos famintos e aos nus, merecendo o aplauso de muitos; entretanto, achava-se limitado ás possibilidades individuais e não pode atender a todos perseverando o império da dor no circulo popular.
Surgiu um medico e dispôs-se a curar os corpos doentes e amparou a comunidade, quanto lhe foi possível, recebendo expressivo reconhecimento publico; mas não conseguiu satisfazer a exigência total do extenso domínio de sombras, mantendo-se o vale na antiga situação de expectativa e discórdia.
Apareceu um filosofo e aconselhou regras especiais de meditação, atraindo o carinho e a gratidão dos pesquisadores intelectualizados; no entanto, era incapaz de resolver todos os problemas e a paisagem prosseguiu dolorosa e escura.
Mas, surgiu um homem de boa vontade que, depois de recolher bênçãos e valores, no serviço aos semelhantes, acendeu uma luz no próprio coração.
Maravilhoso milagre surpreendeu o vale inteiro.
Nem mais contendas, nem mais reclamações.
Precipitou-se a multidão para a claridade daquele que soubera transformar-se em lâmpada viva e brilhante, descortinando a estrada libertadora.
Tal benfeitor correspondia à exigência de todos e solucionara o problema geral.
E, por bem-aventurado, avançou para frente, com o poder de guiar e auxiliar, por haver improvisado em si mesmo o poder silencioso de amar e servir.
Não duvidemos, em nossas dificuldades, de apreender e ensinar, recebendo as luzes do Alto e distribuindo-as no grande vale da luta humana.
Todos os títulos de fraternidade e benemerência são veneráveis, mas, o coração que se une ao Cristo e se converte em luz para todos os companheiros de romagem terrestre é, sem contestação, o autor feliz da Caridade Maior.


FRANCISCO C. XAVIER – ANDRÉ LUIZ.

PUREZA DO CORAÇÃO - DO LIVRO JESUS E KARDEC.





Apaguemos do coração a nódoa do egoísmo e do orgulho.

A simplicidade e a humildade deverão instalar-se em nossos mundo intimo, pouco a pouco, até atingir a toda a sua plenitude a fim de que, renovados em tais virtudes, alcancemos a purificação espiritual, que sentimos, intuitivamente, ser o preâmbulo de uma felicidade permanente.

Conheça-nos, para aprimorar-nos.

Não desalentemos, porém. Com o exame de nossas falhas.

Estamos avançando sempre em direção da Vida Maior e, despojando-nos de nossas imperfeições, vencendo uma a uma as nossas fraquezas, no curso de múltiplas existências, predispomo-nos seguir sempre para o Alto, sem vacilações.

Embora tenhamos enveredado por maus caminhos, por extrema caridade divina somos tangidos a escalar os diversos estágios de nosso aprimoramento.

No primeiro estagio, quando nos deixamos sensibilizar pela presença dos companheiros de romagem, já contemos as atitudes menos dignas. As nossas agressões, que antes eram campo físico, agora se dão no campo da palavra, com nossa língua transfigurada em estilete venenoso e destruidor.

No terceiro estágio, mais próximos da área do amor cristão, calamos, mesmo à custa de muito esforço, o nosso verbo contundente, mas, imperfeito ainda, aspirando à condição de espíritos felizes, turvamos a marcha da caridade com maus pensamentos.

Há também aqueles que nem concebem o mal...

Quando, pois, se der a oportunidade de optar entre o mau e o bom ato, o nosso comportamento indicará em que degrau da escola evolutiva nos encontrarmos.

Contudo, não desalentemos se não nos encontrarmos no final. A nossa condição de alma imperfeita faz-nos sentir o impulso do comportamento ou do pensamento desajustado. Porfiemos por repelir essa fraqueza, vencendo a nós mesmos, para que nos fortifiquemos em nossas resoluções de progresso.

Reflitamos sobre o estágio em que nos localizamos.

Trabalhemos, no entanto, para vencer-nos, atingindo, paulatinamente, o grau imediatamente superior, sem quer nos afoguemos com os impulsos menos sadios que nos caracterizam atualmente. Após cada vitoria que alcançamos sobre nos mesmos, solidifica-se a nossa revolução de aprimoramento.

Os Espíritos evoluídos já foram como nós.



Sem coração limpo não há bem-aventurança.

terça-feira, 2 de julho de 2013

ORAÇÃO DIANTE DA PALAVRA

Senhor!
Deste-me a palavra por semente de luz.
Auxilia-me a cultivá-la.
Não me permitas envolvê-la na sombra que
projeto.
Ensina-me a falar para que se faça o melhor.
Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.
Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.
Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.
Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, junto de mim.
Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.

ROGATIVA DO OUTRO

Rogativa do Outro
Sei que te feri sem querer, em meu gesto
impensado.
Pretendias apoio e falhei, quando mais necessitavas de arrimo. Aguardavas alegria e consolo, através de meus lábios, e esmaguei-te a esperança...
Entretanto, volto a ver-te e rogo humildemente para que me perdoes.
Ouviste-me a palavra correta e julgaste-me em plena luz, sem perceberes o espinheiro de sombra encravado em minh'alma. Reparaste-me o traje festivo, mas não viste as chagas de desencanto e fraqueza que ainda trago no coração.
Às vezes, encorajo muitos daqueles que me procuram, fatigados de pranto, não por méritos que não tenho, e sim esparzindo os tesouros de amor dos Espíritos generosos que me sustentam; contudo, justamente na hora em que me buscaste, chorava sem lágrimas, nas últimas raias da solidão. Talvez por isso, não encontrei comigo senão frieza para ofertar-te.
Releva-me o desespero quando me pedias brandura e desculpa-me o haver-te dado reprovação, quando esperavas entendimento.
Deixa, porém, que eu te abrace de novo, e, então, lerás em meus olhos estas breves palavras que me pararam na boca: perdoa-me a falta e tem dó de mim.

RECADO DE AMIGO

Recado de Amigo
Pais amigos e abençoados corações maternos que solicitais em prece a palavra de filhos inesquecíveis!
Tende fé e serenidade.
Aguardemos.
Ofertai aos companheiros de vossos ideais, pre-sentemente domiciliados no Mais Além, aquilo de melhor que hoje esperam receber do vosso amparo, em forma de paciência e coragem.
Alguns deles se vos apresentam aos corações, aqui mesmo, sem que vos afetem os sentidos controlados na estrutura fisiológica, e outros aguardam refazimento, a fim de se retomarem, junto de vós outros, no trabalho de amor e retribuição que vos devem.
Nossas palavras não se propõem a contemporizar. sustentando-vos a expectativa inquietante, nos círculos de saudade atormentada em que vos debateis. Aspiramos tão-somente a soerguer-vos a esperança.
Cabe-nos afirmar que somos os vossos irmãos renascentes dos conflitos humanos, herdeiros de vossas lutas e de vossas lágrimas, no Plano Espiritual, compreendendo — graças a Deus — quanto vos dóem os claros que vos ficaram impregnados de insatisfação e de ausência nas áreas do lar.
Esperai amando e amai os companheiros que a Divina Providência permitiu vos visitassem no mundo, por algum tempo, realizando por eles na Terra, o trabalho que efetuam por vós, na Espiritualidade Superior: a prática do bem na construção do futuro melhor.
Quanto puderdes, recordai-os, qual se os tivésseis ainda sob o olhar, acalentando-lhes as forças. E, sobretudo, configurai-os na memória não por mortos e sim por existências contínuas, estampadas no sorriso e na alegria com que vos enalteceram a vida.
Compreendei conosco: nossos filhos estão na Terra, ao nosso lado, pelos prodígios da reencarnação, e os vossos, os que vos precederam na Grande Mudança, estão na Vida Espiritual pelas bênçãos da imortalidade, entrelaçando os pensamentos com os vossos e amando-vos, cada vez mais.
A página que vos dedico, enquanto vos escrevo, não é uma pequena mensagem doutrinária: é um recado afetuoso de amigo que vos participa da luta e que pede a Deus vos ilumine e sustente e que a todos nos proteja e nos abençoe.      

TÓPICOS DA PRECE

Elevemos o nosso coração, sempre que possível, ao Senhor e confiemos em Sua Infinita Bondade!
Na prece está a nossa força e no serviço do Bem o nosso refúgio!
Confiemos nosso pensamento à oração e nossos braços ao trabalho com Cristo Jesus.
E Jesus solucionará os nossos problemas com a bênção do tempo.
Tópicos da Prece

Paz e esperança ao coração! Cada noite, apesar do cansaço, não olvides alguns minutos com a oração, para que se nos refaçam as forças.
As tarefas seguem intensas, contudo, quanto possível, os Amigos Espirituais procuram amparar-nos as energias e acrescentá-las ainda mais.
Meus irmãos, muitos Amigos da Espiritualidade sustentam-nos as forças na travessia difícil das horas que passam.
Através da oração recolheremos, como sempre, a inspiração de que necessitamos na superação das lutas redentoras.
Guardemos a tranqüilidade mental!
Através da oração, as tarefas do lar são sustentadas com a bênção do Alto.
Receberemos, pela oração, o concurso espiritual, rogando a Jesus para que os nossos corações sejam fortificados no caminho de dor e luz em que nos encontramos.
Agradeçamos a Jesus as bênçãos de cada dia e confiemos na proteção divina, hoje e sempre!
Cada noite consagremos alguns momentos à oração, momentos esses de que se valerão os Amigos Espirituais que nos amparam, a fim de insuflar-nos novas forças para o desempenho de nossas tarefas.
Reanimemo-nos e guardemos o bom ânimo na certeza de que a fé viva em Deus é luz que nos auxilia a dissipar todas as sombras.
Jesus nos abençoe!
Roguemos a Ele, nosso Eterno Benfeitor, nos abençoe os planos de trabalho e renovação à frente do futuro.
(livro: Apelos Cristãos. Francisco Cândido Xavier por Bezerra de Menezes)

PONDERAÇÃO

Ponderação
Diante do mal quantas vezes!...
Censuramos o próximo...
Desertamos do testemunho da paciência...
Criticamos sem pensar...
Abandonamos companheiros infelizes à própria sorte...
Esquecemos a solidariedade...
Fugimos ao dever de servir...
Abraçamos o azedume...
Queixamo-nos uns dos outros...
Perdemos tempo em lamentações...
Deixamos o campo das próprias obrigações...
Avinagramos o coração...
Desmandamo-nos na conduta...
Agravamos problemas...
Aumentamos o próprios débitos...
Complicamos situações...
Esquecemos a prece...
Desacreditamos a fraternidade...
E, às vezes, olvidamos até mesmo a fé viva em Deus...
Entretanto a fórmula da vitória sobre o mal ainda e sempre é aquela senha de Jesus:
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!!...
Bezerra de Menezes      

sexta-feira, 21 de junho de 2013

ORGULHO E HUMILDADE - Do Livro Jesus e Kardec.

Humildade é virtude muito olvidada.
Não conseguiremos, porém, amar o nosso próximo, exercitar plenamente a caridade cristã, sem que o orvalho da humildade banhe o nosso coração, permitindo-nos compreender que todos somos irmãos e que nos devemos auxiliar mutuamente, seja qual for a nossa posição no necessário da vida.
O abrigo do frio, a mesa suficiente, a bênção da saúde, a presença do equilíbrio, não são resultantes de méritos que possuamos na espiritualidade Maior.
Em geral, são socorros que recebemos, no curso da nossa caminhada, a fim de elevar-nos acima de nós mesmos, sem avassalantes tribulações de ordem menor que, pela nossa inferioridade, não comportaríamos.
Encará-los com mérito, será expressão de orgulho.
Alertando-nos sobre a transitoriedade dessas situações, não é raro vermos ruírem fortunas sólidas, sermos visitados pela enfermidade imprevista e dolorosa, recebermos a requisição da obsessão que nos aniquila o equilíbrio sem Deus.
Esses sinais nos induzem à humildade.
A mãe que se humilha!
Tendo na maternidade o seu Calvário, num lar materialmente empobrecido, eis que muitas almas recebem, no seu regaço, Espíritos que outrora se compromissaram na sua ramagem terrena e que retornam para resgatar o passado doloroso.
Seguindo humilde para conseguir um pedaço de pão com que sacie a fome de seus rebentos, essa mulher escreve o poema de fé, confiando que o Pai Celestial lhe ofertará cobertura, amparo e socorro, para a sobrevivência daqueles a quem mais ama e que se fizeram carentes da penúria para abrandar os seus impulsos.
Ela poderá não esperar o céu...
O céu, porem, será destino certo de todas as mães que sofrem, resignadas, humilhações por amor de seus filhos, porque na redenção dessas almas que lhes buscaram o colo generoso se inscreve a sua própria felicidade na Espiritualidade Maios.

terça-feira, 11 de junho de 2013

LÁGRIMAS

Chorar, sim...
As lágrimas exprimindo a nossa dor – não desespero e nem decepção de nossas ilusões e fantasias -, contam de nossos anseios de felicidades, revelam nossas esperanças de dias melhores, narram as nossas aspirações de amor e ser amados!
Lágrimas, assim. São gotas do orvalho da vida, descendo puras e cristalinas do infinito de nossos olhos, aprestando-nos o coração para a floração da sementeira da paz e do trabalho, da alegria e do equilíbrio.
Lágrimas, num retrato da humildade, num reconhecimento de nossa pequenez, numa resignação às dores que nos atribulam e que são resultantes de nossa imprudência nesta ou noutras existências, num preâmbulo de compreensão pra com todos os que comungam conosco as vésperas de nossa evolução terrena.
Contudo, sigamos com o labor da véspera!
Jesus não nos deixa órfão.
Acompanhando, um a um, nossos pensamentos, dá-nos condições de aprimorar a nossa alma, enviando-nos ao encontro de lições inolvidáveis, que permanecerão gravadas no escrínio de nosso coração por sinais de sublimação e eternidade.
Os olhos exaustos de lacrimejar, na Seara da Esperança e do Amor, se fecharão para a luz deste mundo, abrindo-se extasiados na contemplação dos planos eternos.
As gotas do nosso suor, as gotas de nossas lagrimas, La estarão, nesse mundo maior com a refulgência de pérolas, formando o nosso tesouro espiritual.
Os que se sentiam exilados voltarão a sua paz.
Os mais desnudos serão, talvez, os mais resplendentes.
Amemos e oremos, trabalhemos e alimentemos a fé, submissos ao Senhor, para que sejamos com o Senhor, assim como Ele é eternamente conosco.
Do livro – JESUS E KARDEC.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A CHAMA DA ALMA


Havia um rei que apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza. De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.
Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei. Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.
Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais.
Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta. E o rei era virtuoso e amado por todos.
Ao chegar em frente ao rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma, e ele lhe respondeu: “Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo.”
Porém, há uma condição: se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante.
O sábio pegou uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou: “Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?”
O sábio, que ainda estava tremendo da experiência porque temia perder a vida, se a chama apagasse, respondeu: “Majestade, eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.”
Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo: “Pois é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam.”
“Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença e não o contrário.”
O sábio representa na história as pessoas insatisfeitas, aquelas que dizem que nada lhes sai bem. Vivem irritadas e afirmam ter raiva da vida.
O rei representa as criaturas tranqüilas, ajustadas, confiantes. Criaturas que são candidatas ao triunfo nas atividades que se dedicam. São sempre agradáveis, sociáveis e estimuladoras.
Quando se tornam líderes, são criativas, dignas e enriquecedoras.
Deste último grupo saem os que promovem o desenvolvimento da sociedade, os gênios criadores e os grandes cultivadores da verdade.
***
Com ligeiras variações, é o lar que responde pela felicidade ou a desgraça da criatura. É o lar que gera pessoas de bem ou os candidatos à perturbação.
É na infância que o espírito encarnado define a sua escala de valores que lhe orientará a vida.
Por tudo isto, o carinho, na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito que merece a criança, são fundamentais para a formação de homens saudáveis, ricos de beleza, de bondade, de amor que influenciam positivamente a sociedade onde vivem.
Em nossas mãos, na condição de pais, repousa a grande decisão: como desejamos que sejam os nossos filhos tranqüilos como o rei ou atormentados como o sábio.

Equipe de Redação do Momento Espírita

UM ABRAÇO AMIGO

Um Braço Amigo

Aquela era uma noite como outra qualquer para aquele moço que voltava para casa pelo mesmo roteiro de sempre, há três anos.
Ele seguia tateando com sua bengala para identificar os acidentes do caminho, que eram seus pontos de referência, como todo deficiente visual.
Mas, naquela noite, uma mudança significativa havia acontecido no seu caminho: um pequeno arbusto, que lhe servia de ponto de referência e estava ali pela manhã, fora arrancado.
A rua estava deserta e ele não conseguia mais encontrar o rumo de casa. Andou por algum tempo, e percebeu que havia se afastado bastante da sua rota, pois verificou que estava numa ponte sobre o rio que separa a sua cidade da cidade vizinha.
Era preciso encontrar o caminho de volta. Mas como, sem o auxílio da visão?
Começou a tatear com sua bengala, quando uma voz trêmula de mulher lhe indagou:
- O senhor está encontrando alguma dificuldade?
- Acho que me perdi, respondeu o rapaz.
- Foi o que pensei, comentou a mulher.
- Quer que o acompanhe a algum lugar?
O rapaz lhe deu o endereço e ela, oferecendo-lhe o braço, o conduziu até à porta de casa.
- Não sei como lhe agradecer, falou o moço.
- Eu é que lhe devo um sincero agradecimento, respondeu ela, já com voz firme.
- Não compreendo, retrucou o rapaz.
E a jovem senhora então explicou:
- Há uma semana meu marido me abandonou. Eu estava naquela ponte para me suicidar, pois geralmente àquela hora está deserta. Aí encontrei o senhor tateando sem rumo e mudei de idéia.
A mulher disse boa noite, agradeceu mais uma vez, e desapareceu na rua deserta.

***

Também, em nossas vidas, talvez tenhamos passado por experiências semelhantes à das personagens dessa história.
Quantas vezes já não sentimos vontade de sumir, de pôr um fim ao sofrimento que nos visita e um braço amigo nos sustentou antes da queda.
Ou, quiçá, já tenhamos nos sentido perdido, sem rumo, sem esperança, e uma voz se fez ouvir e nos indicou uma saída.
Quem já não se sentiu numa situação assim, vivendo ora como o socorro que chega, ora como o socorrido?
Tudo isso nos dá a certeza de que nunca estamos sós.
Alguém invisível vela por nós e nos oferece um braço amigo nas horas de desespero. Ou, então, inspira-nos a oferecer nosso apoio a alguém que está à beira do abismo.
A esse alguém é que alguns chamam anjo da guarda e outros de espíritos protetores. Não importa o nome que lhes demos, importa é que seguem conosco vida afora, sem cansaço.
Pense nisso!
Você costuma olhar ao seu redor, no seu dia-a-dia?
Costuma prestar atenção naqueles que seguem com você pelo mesmo caminho?
Se já tem o hábito e a sensibilidade de se importar com os semelhantes, talvez tenha sido um anjo desses a alguém em desespero.
E se ainda não havia pensado nisso, pense agora. E comece a ser um braço amigo sempre disposto a conduzir alguém com segurança.
Redação do Momento Espírita

A BELEZA DOS AVESSOS - PADRE FÁBIO DE MELO

Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores, me faz pensar na beleza dos avessos… Às vezes, na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora? É tão doído a gente ser visto somente a partir do presente, quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.

Isso é fascinante em Jesus! Por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente.

Eu acredito e acho interessante isso: “que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu. A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é, é o avesso, é o contrário da situação. É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas também tudo aquilo que ainda está oculto.” Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas que a gente ainda pode ser!

Padre Fábio de Melo

TUA MENSAGEM

Tua Mensagem

Tua mensagem não se constitui apenas do discurso ou do título de cerimônia com que te apresentas em plano convencional; é a essência de tuas próprias ações, a exteriorizar-se de ti, alcançando os outros.
Sem que percebas, quando te diriges aos companheiros para simples opiniões, em torno de sucessos triviais do cotidiano, está colocando o teu modo de ser no que dizes; ao traçares ligeira frase, num bilhete aparentemente sem importância, derramas o conteúdo moral de teu coração naquilo que escreves, articulando referência determinada, posto que breve, apontas o rumo de tuas inclinações; em adquirindo isso ou aquilo, entremostras o próprio senso de escolha; elegendo distrações, patenteias por elas os interesses que te regem a vida íntima...
Reflete na mensagem que expedes, diariamente, na direção da comunidade.
As tuas ideias e comentários, atos e diretrizes voam de ti, ao encontro do próximo, à feição das sementes que são transportadas para longe das árvores que as produzem.
Cultivemos amor e justiça, compreensão e bondade, no campo do espírito.
Guarda a certeza de que tudo quando sintas e penses, fales e realizes é substância real de tua mensagem às criaturas e é claramente pelo que fazes às criaturas que a lei de causa e efeito, na Terra ou noutros mundos, te responde, em zelando por ti.

AMAR SEMPRE - CHICO XAVIER


"Se eu fosse alguém, se eu tivesse influência, se eu pudesse realizar alguma coisa em benefício da comunidade, e seu tivesse a menor autoridade para fazer isto, eu apenas repetiria, para mim mesmo e para todos os nossos irmãos em humanidade, de todas as terras e de todos os idiomas, aquelas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.

Porque amor é o esquecimento de si mesmo, porque amor, nada pedindo para si. O “Amai-vos uns aos outros” foi superado pelo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Amar alguém ou alguma causa, sem pedir nada, sem esperar o pagamento, nem mesmo da compreensão da inteligência do próximo, então, é trabalhar pela humanidade mais feliz, por um mundo melhor, pela extinção das guerras, e pelo incentivo do progresso em bases morais, convenientes para que nós todos estejamos no melhor lugar possível, que possamos ocupar no campo da vida humana, servindo ao pai, ao criador, a nosso Senhor Jesus Cristo e a todos os princípios Cristãos, como Ele, e aos princípios mais nobres de outras religiões, para que com respeito mútuo possamos vencer todas as barreiras e amar como o amor deve ser consagrado entre nós, isto é, amor sem recompensa, porque todo amor que é possessivo, infelizmente, ainda é um amor de grande parentesco com o amor dos animais."

Chico Xavier

TUDO PASSA - CHICO XAVIER - EMMANUEL


Todas as coisas, na Terra,
passam...
Os dias de dificuldades,
passarão...
Passarão também
os dias de amargura
e solidão...
As dores e as lágrimas
passarão.
As frustrações
que nos fazem chorar...
um dia passarão.
A saudade do ser querido
que está longe, passará.
Dias de tristeza...
Dias de felicidade...
São lições necessárias que,
na Terra, passam,
deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.
Se hoje, para nós,
é um desses dias
repletos de amargura,
paremos um instante.

Elevemos
o pensamento ao Alto,
e busquemos a voz suave
da Mãe amorosa
a nos dizer carinhosamente:
isso também passará...
E guardemos a certeza,
pelas próprias dificuldades
já superadas,
que não há mal
que dure para sempre.
O planeta Terra,
semelhante
a enorme embarcação,
às vezes parece
que vai soçobrar
diante das turbulências
de gigantescas ondas.
Mas isso também passará,
porque Jesus está
no leme dessa Nau,
e segue com o olhar sereno
de quem guarda a certeza
de que a agitação
faz parte do roteiro
evolutivo da humanidade,
e que um dia também passará...
Ele sabe que a Terra
chegará a porto seguro,
porque essa é a sua destinação.
Assim,
façamos a nossa parte
o melhor que pudermos,
sem esmorecimento,
e confiemos em Deus,
aproveitando cada segundo,
cada minuto que, por certo...
também passarão..."


" Tudo passa..........exceto DEUS!"
Deus é o suficiente!
Chico Xavier - Emmanuel

O PRIMEIRO DESAFIO - DIVALDO FRANCO


Disposto a esquecer o mal, dedicando-te ao bem, enfrentas o
primeiro desafio.
Incidente doméstico ocorre envolvendo-te emocionalmente.
Tens a impressão que todo o planejamento para o dia se desfaz.
Sentes os nervos abalados e estás a ponto de aceitar a pugna.
Silencia, porém, e age.
O hábito da discussão perniciosa se te instalou no comportamento
e crês que não possuis forças para superar o acontecimento
danoso.
Recorda que estás num clima de efeitos que vêm dos dias anteriores,
quando te engajavas nas provocações, reagindo no mesmo
tom.
Os familiares não sabem das tuas disposições novas e, porque
estão acostumados às querelas e agressões, preservam o ambiente
prejudicial.
Em teu procedimento de homem novo necessitas do autocontrole,
reconquistando os familiares, que se surpreenderão com a
tua nova filosofia de vida.
Contorna o primeiro desafio, dilui por antecipação e com sabedoria
o mal-estar que ele podia gerar.
Este é o passo inicial para o teu dia feliz.

Divaldo Franco - Episódios Diários (Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis)

AJUDA - TE QUE O CÉU TE AJUDARÁ - REFLEXÃO.



Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.
Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.
Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.
Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.
Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê?
Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.
* * *
Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.
Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.
Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.
Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.
Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.
* * *
Seria ideal que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para que possamos triunfar.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.

PRECE DE TODO O DIA


Senhor, concede-me a consciência dos meus muitos erros.
Não me consintas viver iludido a meu próprio respeito.
Que eu tenha suficiente lucidez para saber quem sou.
Que eu consiga, mais que outros, detectar as fragilidades que me são comuns.
Dá-me a Tua força para que eu possa superar-me, a Tua luz para não caminhar
nas trevas, a Tua paz na luta que me aflige.
Que eu seja sempre sincero em meus propósitos e humilde em minhas atitudes,
verdadeiro em minhas palavras e fiel aos meus compromissos.
Senhor, não me deixes entregue à invigilância e ao assédio do mal.
Sê meu abrigo e a minha inspiração!...
Assim seja.

AO MEU PAI



Recordo-o ainda. Ele saiu, em um dia de sol, para viajar e nunca mais retornou para nossos olhos físicos.
Quando o trouxeram, era somente um corpo dentro de um caixão. Lacrado, ao demais, tendo em vista os dias passados desde a sua morte.
Meu pai era um homem alegre. Gostava de música, de dança, de estar com amigos, conversar, contar causos.
E ele os tinha às centenas. Toda vez que retornava de viagem, os filhos, éramos três os menores, nos reuníamos em torno da mesa, na cozinha ampla, para ouvi-lo.
Ele contava causos de forma pausada. Ia descrevendo as cenas, uma a uma, reproduzia os diálogos.
Por vezes, meu irmão e eu, mais impacientes, o interrompíamos: E daí, o que aconteceu? Conta logo.
Ele sorria mostrando seus dentes curtos, bem moldados. E continuava com a mesma calma, até o desfecho da história.
Tê-lo em casa era muito bom e significava que um de nós iria dormir na cama dos pais.
Por vezes, nossa mãe nos dizia que desejava ficar a sós com ele. Mas, mal despertava a madrugada, quem primeiro acordasse, corria para o quarto e se enfiava entre os dois.
Ele acordava e brincava conosco, fazendo cócegas, jogando travesseiro. Era uma festa!
Meu pai! Quantas saudades! Ele não era letrado. Desde bem jovem conhecera o trabalho duro.
Constituíra família cedo e os cinco filhos lhe exigiam que desse o máximo de si.
Insistia que precisávamos estudar. E estudar muito. A duras penas, pagou para cada um de nós o ensino fundamental, em escola particular.
Escolheu a melhor escola da cidade. Pagou cursos de piano, acordeon, violino para minha irmã, que cedo entrou para o mundo da música.
Meus irmãos e eu não chegamos a tanto, mas fomos brindados com o que ele tinha de mais precioso.
Ensinou-nos a honestidade, ensinou-nos que melhor era ser enganado do que enganar.
Viveu no tempo em que a palavra de um homem era documento mais válido do que nota promissória, duplicata ou qualquer título financeiro.
Legou-nos um nome honrado e disse-nos que o dignificássemos, ao longo de nossa vida.
Olhava para mim, com orgulho e dizia: Um dia você será uma pessoa muito importante!
Hoje, quando viajo pelas estradas, muitas delas velhas conhecidas de meu pai, eu o recordo.
Será que ele sabia que um dia eu seria alguém que viajaria, esclarecendo pessoas, ofertando cursos?
Ele não conheceu todos os netos. Partiu para a Espiritualidade, em anos jovens, deixando-nos um grande silêncio n'alma.
Em homenagem a ele, em nossos aniversários, nas festas de Natal e Ano Novo, nos encontramos.
Rimos, ouvimos música, dançamos. Porque ele nos ensinou a sermos assim.
A vida é dura, mas nós a podemos adoçar, se quisermos. - É o que dizia.
Meu pai, meu mestre, onde estejas, Deus te guarde. Especialmente nesta época em que os pais são recordados pelos filhos, que os brindam com presentes.
Meus irmãos e eu te brindamos com a prece da nossa gratidão: Obrigado por nos terdes dado a vida.
Obrigado por nos terdes ensinado a bem vivê-la.

Redação do Momento Espírita.

NAS HORAS DE DESGOSTO


Filho meu!
QUANDO, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;
QUANDO te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que, em torno, a indiferença recrudesce, acerca-te de mim: eu sou a luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;
QUANDO se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: eu sou a força capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepor-te às adversidades do mundo;
QUANDO, inclementes, te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: eu sou o refúgio, em cujo seio encontrarás guarida para o teu corpo e tranqüilidade para o teu espírito;
QUANDO te faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: eu sou a paciência, que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar das situações mais difíceis;
QUANDO te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos, grita por mim: eu sou o bálsamo que te cicatriza as chagas e te minora os padecimentos;
QUANDO o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: eu sou a sinceridade, que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à nobreza de teus ideais;
QUANDO a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, clama por mim : eu sou a alegria, que te insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos de teu mundo interior ;
QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim : eu sou a esperança, que te robustece a fé e te acalenta os sonhos;
QUANDO a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: eu sou o perdão, que te levanta o ânimo e promove a reabilitação de teu espírito;
QUANDO duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o cepticismo te avassalar a alma, recorre a mim: eu sou a crença, que te inunda de luz o entendimento e te habilita para a conquista da Felicidade;
QUANDO já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento de teu semelhante, aproxima-te de mim: eu sou a renúncia, que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo.
E QUANDO, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda. Eu sou a dinâmica da vida e a harmonia da Natureza: chamo-me amor, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito.
Estende-me, pois, a tua mão, ó alma filha de minhalma, que eu te conduzirei, numa seqüência de êxtases e deslumbramentos, às serenas mansões do Infinito, sob a luz brilhante da Eternidade.

Do livro "Primado do Espírito"

PEGADAS NA AREIA

Pegadas na Areia

Esta noite eu tive um sonho.
Sonhei que caminhava pela praia, acompanhado do Senhor,
e que na tela da noite estavam sendo retratados os meus dias.
Olhei para traz e vi que cada dia que passava no filme da minha
vida, surgiam pegadas na areia, uma minha e outra do Senhor.
Assim continuamos andando, até que todos os meus dias se acabaram.
Então parei e olhei para traz.
Reparei...
Em certos lugares havia apenas uma pegada e esses lugares
coincidiam justamente com os dias mais difíceis da minha vida,
os dias de maior angústia, de maior medo de maior dor...

Perguntei então ao Senhor:

" Senhor, tu me disseste que estarias comigo todos os dias da
minha vida e eu aceitei viver contigo mas, por que tu me deixaste
nos piores dias de minha vida ? "

E o Senhor respondeu:

" Meu filho eu te amo.
Eu disse que estaria contigo por toda a tua caminhada e que não
te deixaria um minuto sequer, e não te deixei...
Os dias que tu viste apenas uma pegada na areia,
foram os dias que te carreguei... "