sábado, 26 de outubro de 2013

A MENINA E A LUA

Ó... linda lua que percorre o Céu nas noites silenciosas, quantas fases tem tu?
Diz-me porque a tua forma arredondada ilumina as madrugadas risonhas do coração da menina feliz,  pacientemente te espera iluminar as noites escuras.
Para que serve a tua luz? Se à noite tudo dormem sob a escuridão.
Nem mesmo os pássaros que atravessam os horizontes com seus voos rasantes,
contemplam a tua beleza; dormem sobre os galhos úmidos das árvores, enquanto a tua luz atravessa os espaços celestes.
Onde mora a bela lua? Vejo o teu brilho se refletir nas águas do lago.
As estrelas do Céu parecem distantes de ti.
Aonde mora lua?
Porque se esconde quando o brilho da tua luz não ilumina a Terra?
Que mensagem quer transmite quando reduz de tamanho?
Aonde guarda os teus mistérios? Até a mais bela estrela do céu desconhece.
A Lua então respondeu:
Ó linda menina que tanto deseja conhecer os meus mistérios?
Sou a solidão em busca de companhia, há bilhões de séculos atravesso o céu em uma caminhada rápida, mas a solidão permanece.
O sol que tanto amo, encobre com seus lindos raios o meu brilho. Em seu gigante coração de fogo não tem espaço para uma humilde lua de coração bondoso.
Nem as noites quando eu as ilumino, contempla minha beleza, pois as estrelas do céu brilham.
Os teus olhos menina não podem ver, porém à noite sabe, se me encontrasse distante da Terna como as estrelas, meu brilho se apagaria diante da grandeza doutros Planetas.
Sou apenas a Lua que percorre o céu em companhia da vasta solidão, enquanto outras estrelas brilham igualmente; a mais distante resplandece.
Por que a menina quer conhecer o meu segredo? olhar para o céu, admirar-me a distância não satisfaz os teus anseios?
Abranda o teu coração e adormece que eu te contarei o mistério das minhas andanças pelo Céu. Quando acordar terá na memória a lembrança, então saberá o destino da Lua,
Espírito Françoar em 25/06/13 psicografado por Rozalia P. Nakahara - durante uma Reunião Espirita.

sábado, 19 de outubro de 2013

INOCÊNCIA - POEMA MEDIUNICO




Em meados do ano corrente a luz fez sinal de verdade no leste do coração da vida, deixando lugar de alegria, para a estrela azul da vigora do passado na aurora do entendimento maior. Mas a verdade da lua passou sem deixar sinal da vida de outrora. Anil, porém, do por do sol, nasceu no ocidente o risco tristonho da inocente.
  
Oh, alegre e feliz, a linda menina passeia pelo bosque florido, orvalhado de bondade, pois a inocência não mora no bosque iluminado do coração dos que não conhecem a Caridade.

O irmão carente enxuga as lágrimas nas folhas úmidas, orvalhada pela brisa da noite, quando em seu silêncio contempla o cântico dos pássaros que voam contente sobre as árvores frondosas com seus belos e doces frutos que os alimentam.

Oh, menina inocente, que tanto olha? O horizonte não nasce com a aurora! Permanece lá onde esteve sempre, nem o silêncio das estrelas da noite, nem os raios luminosos do sol, alteram as suas linhas, nem os pássaros que voam sob os céus conhecem os horizontes da beleza de Deus.

Oh, menina inocente, a fé é a janela de onde pode contemplar os horizontes celestes, e os mistérios da aurora que orvalham com gotas de alegria todo amanhecer, mas os teus olhos não contemplam o coração dos mistérios de Deus, mas o teu coração inocente, e puro vê além dos horizontes que separam o mundo do outro.
 
Oh, menina inocente, que vê através da fé as portas santas; caminhos por onde as almas bondosas caminham na direção do verdadeiro Deus.

Oh, menina inocente de coração puro, brando como a brisa serena da primavera, não conhece a maldade? Pois ela existe; mora no coração do homem que não ama a Deus.

Oh, tola menina, tão tola quanto à ingênua pureza, porque acreditas em mim, se nem sabes que sou?
Mas vou te dizer:
Eu sou a voz do silêncio que fala através da tua caneta.
Eu sou a luz do coração ingênuo que pulsa em teu peito; o grito de fé, em finas ondas em direção do infinito.
Eu sou as flamas do amor que emana do teu coração, e a pureza dos teus sentimentos.
Adeus menina ingênua! Em breve voltarei. Comigo levo a mais bela flor do jardim do teu coração. Fique em paz menina ingênua, não te esqueça que tu és o mais puro botão de onde nasce a flor.

Alegra-te menina, e a luz do teu coração iluminará não somente as tuas noites, como também a aurora da tua vida.

Sorria menina! Quero levar comigo a lembrança do teu sorriso de menina inocente, para em cada aurora, fazer brilhar em teu coração a pureza da inocência, para eu cultivá-la no mais belo jardim do mais puro bosque do meu coração.

Sorria e a vida te sorrirá.
Espírito Françoar
Em 18/06/13 psicografado por Rozalia P. Nakahara durante a reunião Espírita.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A PRECE DOS ESPÍRITOS



Estou verdadeiramente tocado por ver-te, triunfante
Nas presunções do dia, evocar-me, caro filho,
Rezando, mas bramando a lógica impotente
E os vãos argumentos de uma seita nascente,
A qual pretende que o Espírito cumpre um dever,
Suportando teus desejos, fugir e deixar depressa
A morada tediosa do mundo que ele habita,
Para voar, enfim, nesses campos sem limites
Que não entristece tanto como a sombra e o gemido dos mortos.
Então ai grandes palavras e frases conhecidas.
Contudo, se ele vem desvelar as belezas desconhecidas
Desse mundo sem nome, abrir os horizontes
Do tempo, e ensinar, em longas lições,
A grandeza de teu Deus, seu poder eternal,
Sua justiça e seu sublime amor;
Nobre ralhador; responde: dir-me-às que, em troca,
Se ele te pede, um dia, uma curta prece,
Ele é exigente, quando frequentemente na terra,
Para obter os favores que se compram sempre,
A gente te vê suplicando, esmolar todos os dias
à porta dos grandes, como um pobre mendigo,
Suspirando, o pão que deve nutrir sua vida?
Oh! acredita-me, caro filho, pior, três vezes pior
Para aquele que, sempre esquecendo da dor
E as lágrimas de sangue deste mundo invisível
Escutando minha voz fique, insensível,
Se ele não vem de joelhos
Pedir a seu Deus por nós!

CASIMIR DELAVIONE