quinta-feira, 24 de julho de 2014

DEVANEIO


A morte, a noite dos tempos, fantasia insaciável
Que o homem vê sempre diante de si ameaçante,
 É o fim da viagem quando a alma imperecível
Se depara a comtemplar um horizonte nascente.

Esse horizonte novo que tem por marco o espaço,
Que começa onde termina a terra em seus tristes bordos,
É o retiro onde Deus lhe reserva o seu lugar
Quando ela acaba a tarefa e abandona o corpo.

Então, revê-se ela no seu lar, tão solitária,
Quando amigos em pranto lhe dizem adeus.
Parece que, partindo, ela perambula ao redor dos seus
Para lhes mostrar um ponto iluminado nos céus.

É o fim eternal que está marcado por Deus mesmo,
Onde o homem lê estas palavras: “Deves morrer”.
 Parada terrível que faz vomitar a blasfêmia
 Àqueles que souberam crer, amar e sofrer.
Um Espírito
Não use o trabalho alheio para adaptação de textos.

domingo, 20 de julho de 2014

SOMBRA DA VIDA


A terra guarda a poeira de nossas muitas existências que precederam. Quando a vida findar, na vizinhança do túmulo, não nos deparamos com nossos pais nem com nossos irmãos, nem com amigos de infância, mas sim, com a Consciência de nós mesmos. Sentimos com amargura que o vaso físico já repousa em cova profunda. Olhamos ao redor de nós e nada vemos, apenas ouve-se um ruído súbito, quando o vento ruge tempestuoso rompendo o véu do silêncio. O temor visita-nos tantas vezes, que nos raros e quase apagados vestígios de clareza, a lembrança de quando abdicamos da boa conduta, arraiga-se-nos as vísceras.
Nas veredas sombrias, o temor é o princípio do entendimento, todavia a falta de compreensão dispensa a sabedoria e as instruções dos bem-aventurados incumbidos de desvencilhar das veredas da expiação crucial àquele que não abriu os ouvidos às palavras do conhecimento.
A sabedoria adoça-nos a alma, todavia sem o estímulo dos mais evoluídos, os que cultivam a ignorância, o lume de a esperança se apagará e o enfado e a tristeza do coração, só tende a aumentar.
No templo carnal, negando-se a alegria, regaram seus dias com amargura porque seus corações não tiveram outra ocupação senão alimentar sentimentos impuros. Acreditaram no total esquecimento da vida terrena. No além-túmulo, ao deparar-se com a memória do passado, enlutados com a lembrança não percebem que o dia da morte por mais doloroso que lhes pareça, foi melhor do que o dia do renascimento na carne. Pelo olho pálido da consciência, assistem suas chegadas a vida corpórea. Sem nenhuma lembrança dos caminhos percorridos anteriormente, iniciam suas largas caminhadas em direção à morte, sem o conhecimento das existências findadas anteriormente.
 
O passado é uma valiosa herança que deixamos para nós mesmos, seja ele irrigado de alegria ou de tristeza, na morte, somos herdeiros das nossas próprias experiências. Coloridas pelo bem ou obscurecidas pela falta de entendimento, é um tesouro que adquirimos ao longo da extensa estrada do aprendizado.
 
Cada existência é uma dádiva divina; o incentivo necessário para a abençoada trajetória evolutiva do Espírito no santuário da carne.

Cumprir sobre a terra o destino do corpo, não deixa de ser uma prova terrível para o Espírito reencarnante. Com o pavio da memória da existência anterior apagado deixa se corromper pelo exclusivismo.

Sucumbido pelos falsos prazeres que a vida terrena nos oferece, esqueceu a prudência, e mantiveram os olhos bem abertos para a cobiça, e o coração fechado para o entendimento.  Ao invés de escolher a estrada margeada pelas flores, iniciou a marcha pela vereda de urtigas. Quando o corpo descer a cova, pelas brechas da aflição, flechas amargas da impureza arrancar-lhe-ão dos olhos lágrimas.

Consternado, conscientizar-se de que o esquecimento não lhe foi eterno. Cheio de culpa, apiedando-se de si próprio, se entrelaça aos braços impiedosos do passado.

Quem semear espinheiro de ódio não espera colher flores abluídas com amor. A sementeira do bem, não dará frutos venenosos. O virtuoso acolherá o bem, mas o que fere com a espada da maldade, será asilado em trevas até que o arrependimento faça escorrer-lhe no rosto torrentes de lágrimas.

Cada passagem pela Terra é uma etapa evolutiva. O Espírito motivado pelo Processo evolutivo desceu a Terra para cumprir na carne as provas que lhe foram designadas. Retornar à Pátria Espiritual com a “bagagem” escassa de conhecimento, imediatamente começará a trabalhar a possibilidade de um novo recomeço na matéria para reparação das suas falhas.

Da árvore do conhecimento, colhe-se sabedoria, todavia da árvore da ignorância colhe-se imperfeição regada de inquietação que lhes consumirás as forças.

 Sem se aperceber da situação dolorosa em que se acha, permanece entrelaçado aos braços da ignorância, sujeito a influencia das trevas. Confinado ao berço dos defeitos morais, se mantêm distanciados dos Espíritos benévolos dispostos a lhe ensinar o bem, semeando-lhe o coração com sementes gloriosas do amor irrigadas pelo orvalho da compaixão.

Além dos cubículos trevosos da imperfeição, resplandece a luz do conhecimento, intensa e bela, todavia exige de nós alinhado aprimoramento para a travessia da porta de acesso as claridades da sublimação. No seio acolhedor dos abnegados irmãos de vida eterna, as oportunidades benéficas surgem como luz de entendimento.
Texto do Livro Degraus da Vida- Rozalia P. Nakahara

DORES DA ALMA


As dores da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos.
Um amor que acabou mal resolvido... Um emprego que se perdeu inexplicavelmente... Um casamento que mal começou e já terminou... Uma amizade que acabou com traição... Tudo vai deixando sinais, marcas profundas...
Precisamos trabalhar as dores da alma, para que sirvam apenas de aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos... Aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos...
Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a autoestima... Que se deixarmos seguir o caminho da dor e da lamentação, iremos buraco abaixo no caminho da depressão.
As dores da alma não saem no jornal e não viram capa de revista... E só quem sente, Pode avaliar o estrago que elas causam.
O que vale é a PREVENÇÃO... Então...
Ame-se para amar E ser verdadeiramente amada.
Sorria para que o mundo seja mais gentil! Dedique-se para que as falhas sejam pequenas...
Não se compare, você é única!
Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes que as vezes estão bem diante do nosso nariz e não a enxergamos...
Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização. Tenha amigas e amigos e seja a melhor amiga de todas.
Sinta o seu cheiro e acredite em seu poder de sedução... Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor...
Creia em DEUS!!!
Pois sem ELE não há razão em nada!
E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade.,
O arco-íris vai surgir,
O Sol vai brilhar ainda mais forte.
Por isso, querida amiga linda...
Curta bem o dia de hoje!!
O amanhã, com certeza...
Pertence a DEUS!

SEMEADURA


Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.
Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.
Sua complexidade provocará muita dissimulação no próximo.
Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.
Seu desejo sincero de paz garantirá tranquilidade no caminho.
Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.
Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.
Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.
Diariamente, semeamos e colhemos. A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.

Chico Xavier - André Luiz

quarta-feira, 2 de julho de 2014

SEPULCRO


O Sepulcro reserva-nos surpresas inimagináveis. A fé em Deus e o sentimento divino de amor ao próximo, no plano espiritual, convertem-se em “luz acolhedora” que nos guia pelos caminhos purificados que nos levam as Esferas Superiores.

A Benevolência é uma virtude que enobrece o Espírito. Enobrecido, as bênçãos dadivosas do Plano Divino, auxilia-lhe a compreensão. E ao cruzar a porta do Sepulcro, amigos bondosos, conduzir-lhe-ão pela senda das bem-aventuranças eternas.

O egoísmo que irriga o coração do ser humano, na além-vida, converter-se-á em lágrimas de tristeza. Os desígnios de Deus não assinalam com sofrimento nem com angústia o caminho que o homem terá que percorrer. De olhos vendados para o bem, aprisionaram-se as teias da avareza e da altivez o caminho que ele próprio escolheu.

O operário humilde, no plano elevado poderá socorrer o Patrão prepotente.

A riqueza material, não nos reserva nenhum privilégio para a vida imortal, só a nobreza do sentimento leva a felicidade e enche-nos de júbilo. Por isso, devemos seguir os ensinamentos de Jesus, para que, coroados de entendimento possam auxiliar os sofredores embrenhados nas trevas do padecimento e da aflição.

Os que levam impresso na memória a lama da ostentação, quando se veem atolados no lamaçal da hipocrisia, suplicam por misericórdia uma palavra afetuosa para suavizar-lhe a angústia asfixiante... Por isso não devemos julgar o nosso semelhante. O espigão que fere não acende o fulgor do entendimento que nos leva ao redentor.

Os que seguem o caminho do mal, a morte do corpo os conduzem as zonas sombrias
do padecimento, cercadas pelos fios da avareza que eles mesmos teceram.

Perturbados, não encontram forças para se libertarem. No momento em que o íntimo é
tomado pelo súbito frio, o pavor do abandono e da solidão os leva aos crivos sombrios, em companhia dos que no mundo praticaram atividades criminosas. Os erros voluntários e criminosos do passado, no Túmulo tornar-se-ão tormento consumidor, como mendigos da inquietação cavam poços abismais do padecimento torturante. Quando sentem as labaredas do remorso queimar-lhes as entranhas, estampa nos rostos penosa expressão de amargura e dor. Arrependidos suplicam pelo amor de Deus, absolvição...

Os desastres morais de vidas anteriores de reparação difícil, depois do túmulo envolvem-lhes em forças de padrão vibratório das mais inferiores.

Vítimas de lembranças dolorosas de outros tempos, afundam no lamaçal das falhas, e o sentimento acentua-se de maneira terrível, obrigando-os a suplicar Clemência ao Pai Misericordioso.
Do Livro Aflições da alma - William Eduardo - Rozalia P. Nakahara