A prece é a flor que vive no
mistério,
Que geme sob a folha e sorri
ai passante,
Que liberta seus tesouros à
brisa leve,
Ao ar frasco da manhã, aos
raios do dia nascente.
É o fraco luzir tremente na
morte sombria
Que distrai o doente
esperando o sono,
Que trespassa o torrão, que
se esconde na sombra,
E vem alegrar o acordar do
prisioneiro.
É um perfume sutil cujo
hálito embalsamado
Toca, agarra, penetra e
dilata nossos sentidos,
Em nossos templos sagrados,
é a branca fumaça
Que sobe aos céus quando se
acende o incenso.
Fonte de água viva e pura
ela irriga a terra
Onde nasce a Caridade, onde
reina o mistério,
Onde desce o Cristo, onde se
estabelece sua lei.
Amando, nós oremos. Na manhã
de sua vida,
No primeiro beijo, a criança
parece rezar.
Sua prece é o amor. Ela é
pura e bendita.
Ela traz a alegria e a paz
ao lar.
Sofrendo nós oramos. A pobre
mãe em lágrimas
Que pede ao túmulo a
esperança de seus velhos anos:
Sua filha que não mais
existe, oferece a Deus seus temores
Com prece. Holocausto igual
aos seus tormentos.
Dando nós oramos. A caridade
que dá
Ao lar negro e frio, onde
vem se assentar a fome,
Vai chorar e pedir a Deus
que perdoe
Àquele que a envia ao lar
abandonado, sem pão.
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