segunda-feira, 26 de novembro de 2012

AO MÉDIUM (QUE ACREDITAVA SER PROFETA)

O médium, ainda que poeta, não será jamais um profeta não poderá jamais ler nos céus o segredo dos tempos e dos espaços, que seu Deus põe sobre a terra, envolto no mistério, o homem não pode e não deve distinguir a marca dos passos que, o caminho da vida, até sua prova final, diante dele marchariam sempre, fazendo-o ver os desvios que devem despertar sua dúvida, quando ele procura e escolhe seu rumo.
Porque, então, onde estariam? Diga-me, o dever da alma e sua lei? Onde estaria, então seu livre arbítrio? Onde estariam seus direitos e seu título que devem, um dia, cedo ou tarde, a todos justificar sua parte nas eternas recompensas que promete a suas existências o seu Deus? Não, aquele que diria ser profeta, mentira.
Tomada um pouco de imprevista. Não tendo ninguém que me assista, não pude acabar nesta noite o que comecei. Boa Noite
Elisa Mercoeur
Ecos Poéticos D’ Além Tumba.

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